quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Reprodução Sexuada


Reprodução Sexuada


A reprodução sexuada é um processo biológico comum a quase todos os seres vivos, em que os indivíduos das sucessivas gerações não apresentam uma uniformidade genética. Apresentam diferenças significativas devido aos fenómenos de fecundação e meiose.


Vantagens:

- Proporciona uma grande variabilidade de características na descendência;

- A diversidade de características permite às espécies não só maior capacidade de sobrevivência, caso haja mudanças ambientais, mas também proporciona evolução par novas espécies.


Desvantagens:

- Processo lento;

- Grande dispêndio de energia, quer na formação dos gâmetas quer nos processos que desencadeiam a fecundação.

Fecundação:

A fecundação corresponde à fusão de dois gâmetas, o gâmeta masculino e o gâmeta feminino. A célula resultante, o ovo ou zigoto, tem, cromossomas provenientes de cada um dos gâmetas, logo apresentam um de origem paterna e outro de origem materna. E cada um destes cromossomas designam-se cromossomas homólogos, que têm forma e estrutura semelhantes e são portadores de genes para os mesmos carateres.

As células cujos núcleos possuem cromossomas homólogos, designam-se de células diploides e representam-se por 2n.


Meiose:

A meiose é o processo de divisão nuclear através do qual, a partir de uma célula com núcleo diploide, se podem formar células com núcleo haploide.


As células resultantes deste tipo de divisão contêm apenas um cromossoma de cada par de cromossomas homólogos, designando-se células haploides e representam-se por n.
Mutações cromossómicas numéricas: anomalias em que há alteração do número de cromossomas. Podem ser:
          - Poliploidias (existe um ou mais conjuntos de cromossomas);
          - Aneuploidias (existem cromossomas a mais ou a menos em relação ao normal), podem ser: polissomias, monossomias e nulissomias.
Mutações cromossómicas estruturais: envolvem alterações no número ou no arranjo dos genes, mas mantém-se o número de cromossomas. São exemplos deste tipo de mutação a deleção, a duplicação, a inversão e a translocação.
As mutações são uma fonte importante de variabilidade genética, que permite a diversidade de organismos e a evolução das espécies.
Variabilidade genética:
Na reprodução sexuada, a meiose e fecundação asseguram a manutenção do número de cromossomas de uma espécie de geração em geração. E contribuem para a variabilidade genética entre os indivíduos da mesma espécie.
Da meiose, contribuem os fenómenos de crossing-over que ocorrem na prófase I, a separação dos cromossomas homólogos ao acaso na anáfase I e a separação ao acaso dos cromatídeos-irmãos na anáfase II.
Da fecundação, contribui a união dos gâmetas ao acaso e o número de possibilidades diferentes de combinações genéticas possíveis no ovo é igual ao produto das combinações genéticas possíveis nos dois gâmetas que se fundem.
Reprodução Sexuada nos animais:  
A autofecundação é a fecundação efetuada entre gâmetas produzidos pelo mesmo indivíduo, tratando-se de um hermafroditismo suficiente. Mas, na maior parte dos seres hermafroditas a fecundação ocorre entre espermatozoides e óvulos produzidos em indivíduos diferentes, tratando-se de um hermafroditismo insuficiente.
Nos animais onde ocorre o unissexualismo, a união dos gâmetas efetua-se de diversos modos, dependendo, quer da mobilidade dos animais quer do local (meio aquático ou meio terrestre) onde ocorre. Existem dois tipos de fecundação: fecundação externa e fecundação interna.
Fecundação externa: efetua-se em meio líquido e sucede na maioria das espécies aquáticas, ou em seres vivos que procuram a água para a reprodução. Machos e fêmeas lançam os seus gâmetas para o meio, onde os óvulos são fecundados pelos espermatozoides.
     Se indivíduos de espécies diferentes libertem na água, ao mesmo tempo e no mesmo local, os seus gâmetas, como é que a fecundação dos gâmetas ocorre apenas entre indivíduos da mesma espécie?
A fecundação dos gâmetas ocorre apenas entre indivíduos da mesma espécie, porque as membranas dos óvulos possuem moléculas específicas que apenas permitem a fecundação com espermatozoides de indivíduos da mesma espécie.
Fecundação interna: efetua-se no interior do organismo da fêmea. O macho deposita os espermatozoides no interior do sistema reprodutor da fêmea, onde ocorre a fecundação. Este tipo de reprodução acontece em seres terrestres pois os gâmetas não suportam a dessecação que se verifica no meio.
Na maioria das espécies, é o macho que, pelo seu comportamento, procura atrair a fêmea, realizando um complexo ritual, que constitui a parada nupcial e é a partir de este seu comportamento que asseguram a continuidade dos respetivos genes nas gerações futuras.
Estratégias desenvolvidas por diferentes animais com o objetivo de perpetuar os seus genes:



Mergulhão-de-crista
Faisão




Abetarda
Albatroz


Cegonha branca

Ave-do-Paraíso-Azul





Ave-do-Paraíso
Peixe de briga


Reprodução sexuada nas plantas:

Os órgãos reprodutores masculinos são os estames e os órgãos reprodutores femininos são os carpelos.
Nas anteras existem sacos polínicos, onde se formam os grãos de pólen. Nos carpelos, no interior dos ovários, encontram-se os óvulos.
Para que ocorra a reprodução é necessário que ocorra a polinização, ou seja, que haja transporte de grãos de pólen para os órgãos femininos da mesma flor – polinização direta-, ou para carpelos de flores diferentes mas da mesma planta – polinização indireta-, ou para os carpelos de flores pertencentes a outras plantas da mesma espécie – polinização cruzada. Este último tipo de polinização permite uma maior variabilidade genética dos indivíduos das novas gerações.
Os grãos de pólen que caem sobre os estigmas, germinam formando tubos polínicos. O tubo polínico, graças às substâncias nutritivas do estigma, cresce ao longo do estilete, penetrando no ovário. Aí, o tubo polínico penetra no óvulo e os gâmetas masculinos formados no tudo polínico e os gâmetas femininos contidos nos óvulos entram em contacto e conjugam-se.
A disseminação dos frutos e das sementes é essencial na propagação das plantas com flor. Essa dispersão pode ser efetuada por animais (zoófila), pelo vento (anemófila) ou pela água (hidrófila).
Ciclos de vida:
O ciclo de vida é a sequência de acontecimentos que se verificam na vida de um ser vivo, desde que se forma até que produz descendência.
Ciclo haplonte – espirogira:



No ciclo de vida da espirogira, quando se reproduz assexuadamente, ocorre fecundação e meiose, verificando- se alternâncias de fases nucleares, ou seja, existem entidades multicelulares haploides que alteram com entidades multicelulares diploides. Existe uma fase haploide, constituída por células haploides, e esta compreendida entre a meiose e a fecundação. E uma fase diploide constituída apenas pelo ovo de núcleo haploide. A espirogira é um organismo haplonte, pois a meiose efetua-se na divisão do núcleo do ovo, todo o ciclo decorre na fase haplonte, com a exceção do ovo que pertence à fase diploide. Neste ciclo a meiose é pós-zigótica.
Ciclo haplodiplonte – polipódio:


No ciclo de vida do polipódio, quando ocorre reprodução sexuada verifica-se alternância de fases nucleares, pois ocorre a fecundação e meiose. A fase nuclear mais desenvolvida é a fase diploide onde está contido o organismo adulto. A fase haploide, começa com o esporo, é diferenciada e inclui o protalo com vida independente da planta adulta. O polipódio é um ser haplodiplonte porque tem as duas fases bem desenvolvidas. Neste ciclo a meiose é pré-espórica e apresenta duas gerações a esporófita, que se inicia com o desenvolvimento do zigoto, o qual origina o esporófito que, por meiose, produz esporos haploides, e uma geração gametófita, que se inicia com a germinação dos esporos, origina o gametófito que, nos gametângios, produz gâmetas, os quais, por fecundação, originam o zigoto.
Ciclo diplonte - Homem:



O ciclo de vida dos mamíferos apresenta, alternância de fases nucleares, visto que ocorre fecundação e meiose. A fase mais desenvolvida é a fase diploide, que inclui os indivíduos adultos. A fase haploide está reduzida aos gâmetas, em cuja produção intervém a meiose. Os mamíferos são organismos diplontes, pois como a meiose ocorre quando se formam os gâmetas todo o ciclo de vida decorre na fase diploide e só os gâmetas pertencem à fase haploide.

Bibliografia:

Silva, Amparo Dias da; Santos, Maria Ermelinda; Gramaxo, Fernanda; Mesquita, Almira Fernandes; Baldaia, Ludovina; Félix, José Mário (2012). Terra, Universo de Vida (1º edição). Porto Editora
Micaela Ferreira
          

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Reprodução assexuada

Reprodução

O que é a reprodução?

A reprodução é um processo através do qual os seres vivos originam outros seres idênticos e da mesma espécie.
É o processo responsável pela continuidade de espécies.
Todos os processos de reprodução implicam a replicação do material genético (ADN).
 

Que tipos de reprodução existem e quais as suas principais diferenças?

Existe a reprodução assexuada e a reprodução sexuada. As principais diferenças destes tipos de reprodução são que, enquanto a reprodução assexuada apenas envolve um progenitor, não envolve a união de gâmetas e o processo é rápido, a reprodução sexuada envolve dois progenitores, a produção e união de gâmetas e é um processo lento.
 

Estratégias de reprodução assexuada


Bipartição, cissipariade ou fissão binária:

  • A célula divide se em duas aproximadamente iguais que atingem as dimensões da célula-mãe por crescimento;
  • O ser vivo perde a sua individualidade;
  • Este processo ocorre frequentemente em seres unicelulares como a planária e a paramécia.

Gemulação ou gemiparidade:

  • No progenitor formam-se gemas que se desenvolvem dando origem a novos indivíduos que se destacam do progenitor, o que faz com que o progenitor não perca a sua individualidade;
  • Ocorre em seres unicelulares como leveduras ou pluricelulares como a hidra e anémona;

Esporulação:

  • O individuo produz esporos (mitósporos) que ao germinar originam novos indivíduos;
  • Ocorre frequentemente em fungos (bolores) esporulação por formação de endósporos (ex.Rizoppus) e em parasitas esporulação por formação de exósporos (ex.Penincillium).

Fragmentação:

  • Fragmentos de um indivíduo originam indivíduos completos por regeneração;
  • Ocorre nas plantas, algas e animais de reduzida complexidade como a estrela do mar e a planária.

Multiplicação vegetativa:

  • Órgãos vegetais originam novas plantas por regeneração;
  • Envolve a fragmentação e a gemulação;
  • É um processo rápido em que a partir de raízes (ex. cenoura), caules e folhas se originam novos indivíduos por separação do progenitor.
  • Estacas, mergulhia, alporquia e enxertia são algumas técnicas artificiais de multiplicação vegetativa utilizadas na agricultura.

Partenogénese:

  • A partir de um gâmeta feminino, não fecundado, forma-se um novo indivíduo;
  • Ocorre quer em animais (ex. formigas, abelhas, peixes, anfíbios) quer em vegetais (ex. bananeira);
  • É um processo associado a ambientes isolados e condições ambientais favoráveis.

Vantagens e desvantagens da reprodução assexuada

Vantagens:

  • Processo rápido;
  • Necessita apenas de um progenitor;
  • Origina clones e  assim mantém os caracteres nos indivíduos de uma espécie ao longo do tempo;

Desvantagens:

  • A diversidade dos descendentes é quase nula;
  • Difícil adaptação a mudanças do meio;
  • Não favorece a evolução da espécie.
 Cleide Moreira
     
     

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ciclo celular

O ciclo celular é um conjunto de processos que se passam numa célula viva entre duas divisões celulares. Pode distinguir-se dois tipos: a Interfase, que compreende as fases G1, S e G2, e a fase mitótica, que compreende a Mitose e a Citocinese.


Na Interfase:
  • Fase G1 - corresponde ao período que decorre entre o fim da mitose e o início da síntese de DNA. Caracteriza-se por uma intensa atividade biossintética, nomeadamente de proteínas estruturais, enzimas e RNA, havendo ainda formação de organelos celulares e, consequentemente, um notório crescimento da célula.
  • Fase S - ocorre a autorreplicação de cada uma das moléculas de DNA. A estas novas moléculas associam-se as respetivas proteínas e, a partir desse momento, cada cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios ligados pelo centrómero. Nas células animais, fora do núcleo, dá-se ainda a duplicação dos centríolos, originando-se dois pares.
  • Fase G2 - decorre entre o final da síntese de DNA e o início da mitose. Neste período dá-se, sobretudo, a síntese de biomoléculas necessárias à divisão celular, como, por exemplo, proteínas, que vão ser utilizadas na fase mitótica.
Na Fase Mitótica:
  • Mitose, nesta fase ocorre a divisão nuclear. Apesar de ser um processo contínuo podem distinguir-se quatro fases:
    1. Prófase
      • Os filamentos de cromatina condensam-se, tornando-se cada vez mais curtos e mais grossos;
      • Cada cromossoma é constituído por dois cromatídios unidos pelo centrómero;
      • Os dois pares de centríolos começam a afastar-se em sentidos opostos, formando-se, entre eles, o fuso acromático ou mitótico, constituído por um sistema de microtúbulos proteicos;
      • Quando os centríolos atingem os pólos, a membrana nuclear desorganiza-se e os nucléolos desaparecem.
    2. Metáfase
      • Os cromossomas atingem o seu máximo encurtamento;
      • Os pares de centríolos estão nos pólos da célula;
      • O fuso acromático completa o seu desenvolvimento, notando-se que alguns microtúbulos se ligam a cromossomas;
      • Os cromossomas dispõem-se com os centrómeros no plano equatorial, voltados para o centro desse plano e com os braços para fora. Os cromossomas assim imobilizados dispõem-se na placa equatorial e estão prontos para se dividirem.
    3. Anáfase
      • Dá-se a clivagem de cada um dos centrómeros, separando-se os cromatídios, que passam a constituir dois cromossomas independentes;
      • Os microtúbulos ligados aos cromossomas encurtam-se e estes começam a afastar-se, migrando para pólos opostos - ascensão polar dos cromossomas-filhos;
      • No final da anáfase, os dois pólos da célula têm conjuntos completos e equivalentes de cromossomas e, portanto, de DNA.
    4. Telófase
      • A membrana nuclear reorganiza-se à volta dos cromossomas de cada célula-filha;
      • Os nucléolos reaparecem;
      • Dissolve-se o fuso mitótico;
      • Os cromossomas descondensam-se e alongam-se, tornando-se menos visíveis;
      • A célula fica constituída por dois núcleos, terminando assim a mitose.

  • Citocinese - diz respeito à divisão do citoplasma e, portanto, à consequente individualização das duas células-filhas. 
    • Nas células animais a citocinese ocorre por estrangulamento do citoplasma. Forma-se, na zona equatorial, um anel contrátil de filamentos proteicos que se contraem e puxam a membrana plasmática para dentro até que as duas células-filhas se separam.
    • Nas células vegetais a citocinese ocorre por formação de uma nova parede celular na zona equatorial da célula. Vesículas provenientes do Complexo de Golgi alinham-se no plano equatorial e fundem-se, a posterior deposição de celulose leva à formação da nova parede celular. 

Cristiana Carvalho





segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DNA

DNA
  O ácido desoxirribonucleico é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos. Este é contitutuido por duas cadeias polinucleotídicas enroladas em hélice, estas duas cadeias são antiparalelas.
  As bases azotadas completares que fazem parte destas cadeias são: Adenina /Timina e Guanina /Citosina e são hidrofóbicas, os outros dois constituintes são uma grupo fosfato e uma pentose e são hidrofilicos. Com isto podemos concluir que a molécula de DNA é anfipática.
  Podemos ainda dizer que que a timina e a citosina têm bases de anel simples, e a adenina e a guanina têm bases de anel duplo.
  Esta molécula tem um diâmetro constante pois as bases azotadas apenas se podem ligar de uma forma: uma base puríca apenas se pode ligar a uma base pimídica.




Modelo de dupla hélice:  

O modelo de dupla hélice afirma que o DNA é constituído por duas cadeias complementares enroladas em hélice. Desta forma conhecendo a sequência de nucleótidos de uma cadeia é possível conhecer a sequência da outra. Assim, a partir de uma molécula e de cada uma das suas cadeias formam-se duas outras por complementariedade de bases.

  • Replicação do DNA:
É um processo a partir do qual uma molécula de DNA origina uma cópia perfeita da sua estrutura e constituição.






  •    Replicação semiconservativa:
É replicação semiconservativa pois surgem duas novas moléculas de DNA iguais à molécula mãe, sendo constituídas por uma cadeia polinucleotídica proveniente da cadeia mãe e por uma cadeia polinucleotídica formada de novo.





 
Margarida Teixeira












quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Bem-vindos

Bem-vindos,
Este é um blogue de Biologia e Geologia de uma turma de 11º ano, onde podes pesquisar, informar-te e atualizar toda a matéria abordada neste ano.
Aqui podes encontrar trabalhos,  power-points, textos de apoio e muito mais, tudo para te ajudar a gostar, perceber e aprender melhor Biologia e Geologia do 11º ano.
Afinal de contas, esta disciplina explica-nos toda a parte geológica que nos rodeiam e ensina-nos a compreender como funcionamos, entre outras coisas,...
Esperamos que gostem, se divertam e acima de tudo que aprendam mais !!