sábado, 1 de dezembro de 2012

Ciclo celular

O ciclo celular é um conjunto de processos que se passam numa célula viva entre duas divisões celulares. Pode distinguir-se dois tipos: a Interfase, que compreende as fases G1, S e G2, e a fase mitótica, que compreende a Mitose e a Citocinese.


Na Interfase:
  • Fase G1 - corresponde ao período que decorre entre o fim da mitose e o início da síntese de DNA. Caracteriza-se por uma intensa atividade biossintética, nomeadamente de proteínas estruturais, enzimas e RNA, havendo ainda formação de organelos celulares e, consequentemente, um notório crescimento da célula.
  • Fase S - ocorre a autorreplicação de cada uma das moléculas de DNA. A estas novas moléculas associam-se as respetivas proteínas e, a partir desse momento, cada cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios ligados pelo centrómero. Nas células animais, fora do núcleo, dá-se ainda a duplicação dos centríolos, originando-se dois pares.
  • Fase G2 - decorre entre o final da síntese de DNA e o início da mitose. Neste período dá-se, sobretudo, a síntese de biomoléculas necessárias à divisão celular, como, por exemplo, proteínas, que vão ser utilizadas na fase mitótica.
Na Fase Mitótica:
  • Mitose, nesta fase ocorre a divisão nuclear. Apesar de ser um processo contínuo podem distinguir-se quatro fases:
    1. Prófase
      • Os filamentos de cromatina condensam-se, tornando-se cada vez mais curtos e mais grossos;
      • Cada cromossoma é constituído por dois cromatídios unidos pelo centrómero;
      • Os dois pares de centríolos começam a afastar-se em sentidos opostos, formando-se, entre eles, o fuso acromático ou mitótico, constituído por um sistema de microtúbulos proteicos;
      • Quando os centríolos atingem os pólos, a membrana nuclear desorganiza-se e os nucléolos desaparecem.
    2. Metáfase
      • Os cromossomas atingem o seu máximo encurtamento;
      • Os pares de centríolos estão nos pólos da célula;
      • O fuso acromático completa o seu desenvolvimento, notando-se que alguns microtúbulos se ligam a cromossomas;
      • Os cromossomas dispõem-se com os centrómeros no plano equatorial, voltados para o centro desse plano e com os braços para fora. Os cromossomas assim imobilizados dispõem-se na placa equatorial e estão prontos para se dividirem.
    3. Anáfase
      • Dá-se a clivagem de cada um dos centrómeros, separando-se os cromatídios, que passam a constituir dois cromossomas independentes;
      • Os microtúbulos ligados aos cromossomas encurtam-se e estes começam a afastar-se, migrando para pólos opostos - ascensão polar dos cromossomas-filhos;
      • No final da anáfase, os dois pólos da célula têm conjuntos completos e equivalentes de cromossomas e, portanto, de DNA.
    4. Telófase
      • A membrana nuclear reorganiza-se à volta dos cromossomas de cada célula-filha;
      • Os nucléolos reaparecem;
      • Dissolve-se o fuso mitótico;
      • Os cromossomas descondensam-se e alongam-se, tornando-se menos visíveis;
      • A célula fica constituída por dois núcleos, terminando assim a mitose.

  • Citocinese - diz respeito à divisão do citoplasma e, portanto, à consequente individualização das duas células-filhas. 
    • Nas células animais a citocinese ocorre por estrangulamento do citoplasma. Forma-se, na zona equatorial, um anel contrátil de filamentos proteicos que se contraem e puxam a membrana plasmática para dentro até que as duas células-filhas se separam.
    • Nas células vegetais a citocinese ocorre por formação de uma nova parede celular na zona equatorial da célula. Vesículas provenientes do Complexo de Golgi alinham-se no plano equatorial e fundem-se, a posterior deposição de celulose leva à formação da nova parede celular. 

Cristiana Carvalho





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